domingo, 16 de fevereiro de 2014

A Minha Arte

        Alguns palmos abaixo da terra estavam as raízes, eram várias, um verdadeiro emaranhado. Aquelas raízes pegavam todos os nutrientes necessários pra vida daquela bela árvore, de tronco exuberante e galhos carregados de folhas. Era possível imaginar aqueles nutrientes sendo alimentados pelas raízes e subindo por toda árvore, das raízes, passando pelo tronco e galhos até chegar às folhas, flores e frutos. Harmonicamente, como num adágio sinfônico. Falar de arte é falar da natureza, de como ela provoca o homem e invoca nele profundos momentos de inspiração. Aquela folha seca que se solta e é arrastada pelo vento, vagando no ar em devaneios, enquanto cai lentamente, puxada pela gravidade, até chegar ao chão. Os raios do sol que perpassam os galhos da árvore, onde dançam ritmicamente graças ao vento.

        A arte está ao redor, no que a gente vê e incita nosso interior, provoca nossos sentidos e dá sabor à vida. Está na eloquência e vigor da natureza, no que vemos, ouvimos e sentimos. É a expressão do belo, intencionalmente criada por nossa inteligência e percepção. São as folhas que se soltam no outono. A neblina que se forma no inverno. Aquela criança que corre de longe no parque, entre as flores primaveris, espantando as abelhas que competem pelo néctar. É a vida, o intelecto, um sonho, uma ilusão. Sem prazo ou data de validade, resistirá ao tempo-espaço. Uma obra prima!

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