sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ah, horizonte...

Olhar distante no horizonte durante uma tarde que se põe no escuro misterioso da noite, é tão feliz e triste ao mesmo tempo. Momento que me trás lembranças de um passado cheio de percalços, conquistas e derrotas. É o fim do meu viver, vivi e sobrevivi o necessário para pegar como experiência as coisas que a vida soube me dar em demasia. Sei o quanto apreciei aqueles momentos com os amigos na escola, o quanto chorei quando fazia algo errado e era castigado por isso, o quanto sorri no silêncio imaginando o sorriso daquela garota especial, nossos momentos e beijos. Sei que tudo que se foi não some assim, após uma morte, têm que ficar no ar, no tempo, nesse universo complexo onde a gente só sabe se algo acaba ou não, após o “fim” chegar. Então este não é um adeus, apenas uma mensagem de Até Logo, carregada de contentamento e paixão luxuriante por nesses 92 anos ter vivido uma vida invejável o quanto foi possível ser vivida. Assim, neste fim, sei o quanto aquele crepúsculo no horizonte é tão carregado de significado. Aquela imagem. Aquele ar ecoando pelas folhas das árvores, os pássaros, esta brisa no meu rosto... É tudo tão sonoro, pacífico e cheio de contentamento, tudo é uma obra de música clássica. Tudo instrumentado. Orquestrado. Apaixonante.

Um comentário:

  1. Isso que você escreveu é muito lindo. Eu sei que eu já disse isso um monte de vezes mas vai mais uma vez: Você escreve muito bem. Escreva um livro!! XD
    Queria saber escrever que nem você 8]

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